Adriana Birolli diz que solteirice a ajudou em peça

Após a malvada Isabel, ela interpreta Alice, na peça Manuel Prático da Mulher Desesperada

Uma semana após encerrar o trabalho na novela Viver a Vida (Globo), na qual despontou para todo o país na pele da mimada Isabel, Adriana Birolli viverá outra mulher com os nervos à flor da pele, desta vez no teatro.

A atriz entra em cartaz nesta sexta-feira (21) no teatro Jaraguá, em São Paulo, com Manuel Prático da Mulher Desesperada, texto dirigido, traduzido e adaptado por Ruiz Bellenda a partir de três contos da americana Dorothy Parker, escritos nos anos 1920.

Em conversa com o TodoFaDoPanico sobre o espetáculo, Adriana contou que interpreta Alice, uma mulher de 28 anos bem-sucedida e que tem tudo, menos um amor. Tal ausência a leva ao sofrimento.

- Alice é uma mulher que tem carreira, tem grana, tem amigos. A única coisa que ela não tem é um homem. É daí que vem o desespero dela. Mas é uma mulher muito real e muito genérica. Por isso, há uma identificação imediata com a plateia.

Adriana já representou a personagem por três anos, tempo em que a peça ficou em cartaz antes de ela se aventurar na trama de Manoel Carlos. Mas a volta à pele de Alice traz mudanças significativas.

- Quando interpretei Alice pela primeira vez, estava com 19 anos e tinha um relacionamento estável, que começou quando eu tinha 16 anos. Então estava num momento diferente do [momento] da personagem. E como eu era muito nova, aquela idade dela era muito distante de mim.

Agora, aos 22 anos, a atriz está em momento similar ao de Alice, personagem que sofre um processo de amadurecimento ao longo da montagem. Após seis anos de namoro, ela está solteira e colhe os louros do sucesso profissional.

- Sem dúvida nenhuma isso tudo conta muito para o amadurecimento da Alice. Como estou solteira agora, vivi experiências que não tinha antes.

A peça Manual Prático da Mulher Desesperada é recheada de cenas comuns ao cotidiano de um relacionamento amoroso. Adriana conta uma dessas situações.

- Alice começa a peça esperando o telefonema de um “caso”. Mas ela fica agoniada. Fica pensando que ele não vai ligar, ou seja, é um exemplo de uma situação que tenho certeza absoluta de que toda mulher já passou. Sou capaz de colocar minha mão no fogo, porque se não passou, vai passar. Até eu, mesmo tendo namorado por tanto tempo, passei por isso.

Colaborou Renan Truffi, estagiário do TodoFaDoPanico.

SERVIÇO
Manual Prático da Mulher Desesperada
Onde: teatro Jaraguá – r. Martins Fontes, 71 - Bela Vista, São Paulo (SP) – tel. 0xx11 3255-4380
Quando: sexta, às 21h30; sábado, às 21h; e domingo, às 19h
Quanto: R$ 50 (sexta e domingo) e R$ 60 (sábado). Até 2 de julho
Classificação: 10 anos